Tive a oportunidade tempo atrás, de assistir algumas palestras de um
proeminente líder americano. Em muitos de seus discursos, ele citava algumas de
suas experiências com sua amada esposa já falecida há alguns anos.Ficava claro
para nós seus ouvintes, o grande amor que ele tinha por ela. A citação de sua
amada era tão recorrente, que comecei a imaginar como seria essa mulher tão
privilegiada.
Tempos depois, recebi a notícia que aquele bondoso senhor tinha
falecido, e que em seu funeral, muitos haviam lembrado de seu grande amor.
Depois de alguns anos acompanhando sua história, finalmente conheci aquela que
recebeu tão dedicado afeto através de uma foto do casal. E para minha surpresa,
vi uma mulher simples ao seu lado.
Na minha imaginação, pensei numa mulher loura, olhar marcante e de uma
beleza excepcional. No entanto o que vi foi apenas uma mulher comum.
Depois de minha inicial surpresa, comecei a refletir... “A beleza está
nos olhos de quem vê.” E isso torna a história ainda mais especial.
Aquele homem enxergava a esposa com os olhos do bem querer, onde o foco
estava nas coisas que os unia, no respeito, cumplicidade, tolerância, no trabalhar
junto para fortalecer o relacionamento e a família, enfim, numa forma especial
de amar.
Esse tipo de relacionamento não é algo fácil de encontrar, pois exige
dedicação das duas partes. Mas como nos mostra a história, é possível. Quem
sabe o que está faltando na maioria dos relacionamentos sérios é a sintonia no
olhar? Onde “a luz do olhos meus e a luz dos olhos teus...” vejam ou
queiram coisas afins um do outro. E se não for assim, trabalhar para isso.
Talvez ajustar o foco seja uma saída.
É uma coisa para refletir... De qualquer forma, espero ouvir ou
presenciar outras histórias de amor para poder contar aqui e dizer como o poeta
“...é só o amor que conhece o que é verdade...”