quarta-feira, 21 de maio de 2014

Velho Conto Cherokee



Os anciões Cherokee estavam preocupados com um dos garotos da tribo que, por se sentir injustiçado, tornou-se agressivo. O avô do menino o traz para perto de si e diz:
- Eu entendo sua raiva. Há uma batalha terrível entre dois lobos que vivem dentro de mim. Esses dois lobos tentam dominar o espírito de todos nós.  
Um é Mau. Seus dentes são fortes como raiva, inveja, ciúme, tristeza, cobiça,  arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, orgulho, superioridade e ego.
O outro é Bom. Seu olhar é forte como alegria, esperança, serenidade, paz, humildade, empatia, bondade, generosidade, verdade, perdão, compaixão, harmonia e fé.
O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô:
- Qual lobo vence?
 O velho índio respondeu:
- Aquele que você mais alimenta!

Que a vitória seja sempre do bom lobo, alimentando a mente e o espírito sempre de coisas boas e positivas.


sábado, 17 de maio de 2014

Que Amor é Esse?



Há alguns anos atrás, em uma conversa com alguns colegas de trabalho, começamos a falar sobre família. Em um dado momento meu colega, casado e pai de uma filhinha de 3 anos na época, me perguntou:
- Você gosta de sua mãe?
- Sim, claro!
- Quanto é o tamanho do seu amor?
- Nossa... muito! Nem sei dizer quanto.
- Pois multiplique esse amor por 3, 4, 5 vezes mais. É o que sua mãe sente por você. Quando a gente tem filhos, o amor que sentimos é muito maior do que qualquer coisa na vida.
Aquelas palavras tiveram um forte impacto em mim. Minha mente não conseguia alcançar um amor assim.
A noite em casa, ao conversar com minha mãe, eu a perguntei se era assim mesmo e ela, com lágrimas nos olhos, me deu um abraço e disse que sim.
Ainda hoje, não consigo imaginar o tamanho desse amor, afinal, ainda não tenho filhos. Mas apesar disso, consigo perceber seu efeitos:
No brilho do olhar ao reencontrar a filha querida, que mora a mais de 20.000 km de distância.
No sorriso ao contar que vai dormir bem tarde, acorda as duas ou quatro da manhã para dar de mamá, madruga para ter tempo de cuidar da filha e ainda sai para a luta do dia-a-dia no trabalho.
Na batalha diária de fazer o melhor que pode para cuidar de seus filhos com deficiência.
Nas palavras tranquilizadoras dizendo “filha, não se preocupe... tudo vai ficar bem.”
Que amor é esse?
Queridas mães... presto aqui minha singela homenagem. A força do seu amor nos inspira e nos impulsiona a ser melhores. Afinal, o que seria de todos nós sem o amor de vocês?
O meu carinho a todas essas mães guerreiras, com suas histórias especiais, que influenciam a todos nós. Não sei se vocês sabem... estas histórias fazem do mundo um pouco melhor.

Feliz Dia das Mães!



quinta-feira, 1 de maio de 2014

Exemplo: Uma Pequena Grande Lição


A alguns anos atrás morei num lugar chamado Itaimbé, que nas  idas e vindas da sua história, em algum momento foi apelidada de Coréia. Nesse período de minha estadia na querida Coréia passei por algumas aventuras.
 Sim querida Coréia... Lá fiz amigos, que apesar de separados pela distância e tempo estão guardados no coração aonde quer que eu vá. Mas em especial porque lá aprendi algumas lições. Hoje lembrei de uma delas...
A Coreia é uma lugarejo situado no Sul da Bahia. Na época que morei lá, tinha cerca de 1200 habitantes. Naquele tempo, não havia muitos professores disponíveis na região que pudessem lecionar nas escolas do lugar e como tinha estudado um período na faculdade, me convidaram para dar aulas. Apesar de não ter experiência como professora, aceitei o convite e por algum tempo, dei aulas nesse povoado.
Por conta dessa minha responsabilidade, no meu terceiro ano de trabalho, decidi me matricular no curso de magistério para aprender um pouco mais sobre as peculiaridades da profissão. Então eu lecionava de manhã e a noite e a tarde eu estudava.
Tudo tranqüilo. Conseguia conciliar meu trabalho com os estudos, além de ampliar meu leque de amizades com meus colegas de classe. Época muito boa. Saudades dos meu queridos colegas.
Mas em meus estudos, algo inesperado aconteceu. As vezes em meio as aulas, eu via alguns alunos pendurados na janela da sala de aula me observando e admirando a professora, no caso eu, que também estudava. Na época, achei muito engraçado aquela curiosidade, afinal, qual seria a estranheza em eu também estudar.
Mas um dia eu entendi e pude aprender a lição. Era dia de prova e como sempre, sentei em meu lugar favorito próximo a janela, recebi a minha prova e pus-me a pensar e a responder as questões. Num certo momento, eu ouvi um cochicho, “ – Vamos ver se ela vai pescar ...” (pescar na Bahia quer dizer colar). E ao olhar para cima, me deparei com a platéia de alguns curiosos me fiscalizando.
Naquele momento eu aprendi uma grande lição. Que não tem nada a ver quanto a pescar/colar ou não. Diz respeito a ser exemplo...
Acredito que na época em que fui professora, não fui tão boa assim, pois nos meus dezenove anos de idade, tinha pouca experiência em qualquer coisa. Mas eu me esforçava em ajudar aqueles alunos a aprender da melhor forma possível e colar não poderia fazer parte da didática.
Como professora/aluna eu precisava ser exemplo e era isso que eles esperavam de mim. Não sei se minha postura na época ajudou alguns deles sobre aquela questão, mas com certeza influenciou a minha história.
Nas imperfeições da vida vou tentando seguir aquela lição e como já dizia a celebre frase: “ A palavra convence, mas o exemplo arrasta...”