quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

"Então é Natal..."


Amo o Natal. Na minha casa, não seguimos muitas tradições, apenas o de estarmos juntos. Não existe ceia, grandes reuniões, as vezes trocamos presentes, mas nada muito especial. Mas existe algo maravilhoso... a esperança de que as coisas vão melhorar, o otimismo que renova as forças e o amor que sentimos uns pelos outros.

Neste dia tão especial que lembra o nascimento de nosso irmão Jesus Cristo quero dizer que sei que tudo vai ficar bem. Sei que Ele é nosso Salvador e nos amou de tal maneira que deu sua vida por nós para que isso um dia possa acontecer. Existe maior presente? Sei que não.

O Natal me da paz...

Só queria compartilhar este sentimento e deixar meu carinho com vocês, afinal, não conseguiria reunir todos meus amigos na minha casa. Mas espero que mesmo distantes neste momento, a gente ainda possa partilhar desse amor.

Feliz Natal e um Ano Novo cheio de paz, amor, alegria e fraternidade a todos.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Paciência de Jó

Hoje lembrei-me de Jó. Todos conhecem sua história. “HAVIA um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal.” (Jó 1:1).

Além de reto, Jó era um homem muito abençoado, extremamente rico (tinha muitas posses) e principalmente, tinha uma família muito especial, que demonstrava amor profundo uns pelos outros e Jó é descrito como o maior exemplo desse amor em família.

“E iam seus filhos à casa uns dos outros e faziam banquetes cada um por sua vez; e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles. Sucedia, pois, que, decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Talvez pecaram meus filhos, e amaldiçoaram a Deus no seu coração. Assim fazia Jó continuamente.” (1:4-5).

Mas Jó, apesar de homem bom, temente ao Senhor, passou por duras provações. Primeiro perdeu todas as suas propriedades, ficando pobre, ou nu como ele mesmo diz. (1:21). Pobreza maior ao perder seus entes queridos, pois a riqueza que eram seus 10 filhos, morreram todos.

Imaginem a dor desse homem: “Então Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou.” Mas observe algo muito interessante: “...e adorou.” Apesar da dor “...Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.”(1:22)

Por que Jó, apesar da dor da perda de seus filhos queridos, conseguiu ter serenidade e ainda confiar no Senhor?... Jó sabia do princípio da eternidade.

“Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá.” (João 11:25–26).

“Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. (...) Virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” (João 14:2–3).

Ele sabia que reencontraria seus filhos. O sofrimento era um fato, a separação e a perda (mesmo que por um momento) era uma realidade, mas Jó também sabia: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. (Mateus 11:28–29).

Neste momento tão especial que é o dia das mães, alguns filhos ou mães, se sentem tristes por sentirem essa perda. Gostaria de dirigir esta mensagem a estes. Meus queridos amigos, assim como Jó, vcs reencontrarão seus filhos.

Gostaria de citar as palavras do Presidente Monson quando em uma conferência, se dirigiu a uma mãe(sra. Patton) que tinha perdido seu filho de forma trágica:

“Para a maioria, há algo de sinistro e misterioso nesse visitante malquisto chamado Morte. Talvez seja o medo do desconhecido que nos faça temer a sua chegada.

A morte de Arthur Patton foi rápida. Para outros a morte é lenta. Sabemos, por meio da palavra revelada de Deus, que “o espírito de todos os homens, logo que deixa este corpo mortal (...) é levado de volta para aquele Deus que lhe deu vida”( Alma 40:11).

Assegurei à sra. Patton e a todos os outros que me ouviam que Deus nunca os abandonaria: Ele tinha enviado Seu Filho Unigênito ao mundo para ensinar-nos pelo exemplo de Sua vida. Seu Filho morreu na cruz para redimir toda a humanidade.

Como parte da minha mensagem, expliquei à sra. Patton que esse conhecimento lhe daria alento em sua tristeza — que ela nunca estaria na trágica situação do descrente que, ao perder um filho, teria que dizer, ao ver o caixão ser baixado à mãe terra: “Adeus, meu filho. Adeus, para sempre”. Em vez disso, com a cabeça erguida, coragem destemida e fé inabalável, ela poderia erguer os olhos, fitando para além das ondas que mansamente quebravam no azul do Pacífico e sussurrar: “Adeus, Arthur, meu filho querido. Adeus, até que nos encontremos novamente”.

Ao concluir minha mensagem, há tantos anos, expressei à sra. Patton a minha certeza pessoal, como testemunha especial, de que Deus, nosso Pai, atentava para ela — de que por meio de sincera oração, ela podia comunicar-se com Ele, que Ele também teve um Filho que morreu, sim, Jesus Cristo, o Senhor. Disse que Ele é nosso advogado perante o Pai, o Príncipe da Paz, nosso Salvador e divino Redentor, e que um dia O veremos face a face.

Eu sei que a dor da saudade é difícil e machuca nossos corações, mas sei também que um dia reencontraremos nossos entes queridos que partiram desta vida e essa certeza me dá a tranqüilidade e serenidade para perceber que logo, logo tudo estará bem.

Ao terminar, retornarei a Jó. Depois de muitos pesares e sofrimento, Jó foi novamente abençoado e todas as riquezas que tinha perdido, ele recebeu em dobro. Mas notem um pequeno detalhe. Aparentemente jó recebeu tudo em dobro, menos os filhos (comparar Jó 1:2-3 e 42:12-13). Se fôssemos seguir a lógica do homem para seu ultimo estado ser mais abençoado precisaria nascer 20 filhos.

Mas para o Senhor Jó nunca os perdeu. Assim seus 10 novos filhos um dia se encontrariam, juntamente com Jó, com os 10 filhos que um dia partiram, obtendo assim uma benção em dobro para a eternidade.


Discurso completo Presid. Monson: http://www.lds.org/conference/talk/display/0,5232,89-2-776-8,00.html#notes

sábado, 3 de maio de 2008

DESCOBRINDO SER FELIZ

(Quando escrevi esse texto pensei nas mulheres de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, no entanto, acredito que pode inspirar homem ou mulher independente de religião).

Imagine aqueles momentos que nos sentimos totalmente desanimados, onde nos achamos horríveis, as coisas nunca dão certo, e nossa auto-estima parece capacho de repartição publica, que vive no chão sujo, pisado por todo mundo que passa... Não é muito difícil de imaginar, não é mesmo? Infelizmente, esta é uma situação muito comum, afinal, em algum momento da vida todos já passaram por isso.
As causas são as mais diversas. Problemas financeiros, final de namoro, problemas conjugais, o desemprego, solidão, frustrações, etc. A lista de motivos para nos sentirmos triste é longa e se enumerássemos todas, este texto seria só composta pelas mesmas.
Mas o que podemos fazer para que não nos sintamos assim? É certo que não existe formula mágica para a solução de problemas. Existe sim, formas diversas de encararmos os problemas e a vida.
Quando nos tornamos membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, adquirimos uma consciência mais profunda de nosso Pai Celestial e de nosso papel aqui na terra. Como seus filhos, herdamos características divinas, independente de raça, cor ou posição social, e por isso somos o que há de mais especial neste mundo. Somos reconhecidos por nosso Pai, de forma pessoal, onde Ele nos conhece e nos ama profundamente. Diante desta verdade, é impossível deixarmos de aceitar a nossa importância, o nosso valor e sermos felizes por isso.
Para que reconheçamos efetivamente esta verdade, ou seja, vivamo-la, é necessário uma mudança de atitude. O primeiro passo é amar-se profundamente, se sentir bem consigo, com o próprio corpo (mesmo com as imperfeições que por ventura venhamos a ter) e estar bem com o ambiente que nos rodeia. As vezes necessitamos urgentemente ser amados ou resolver determinado problema e nos mantemos carrancudos, mal-humorados, com atitudes grosseiras que afastam quem nos ama e qualquer benção que necessitamos.
Tragam o sorriso para o rosto, trabalhem, sejam mansos, demonstrem amor e tenham paciência,. Com certeza faremos muito mais conquistas. O Elder Richard G. Scoth sabiamente já disse: No momento do Senhor a solução virá, a paz reinará e o vazio será preenchido.
No entanto, isto não significa que não podemos ter nossos momentos de fragilidade. Claro que não! Mas que nessas ocasiões, busquemos nos manter firmes espiritualmente, tendo humildade suficiente para buscarmos auxílio e conforto no Senhor.
Para darmos um empurrãozinho em nossa auto-estima, nada melhor que cuidar da saúde, do corpo e da beleza. Quando estamos com problemas esquecemos de nosso corpo e o deixamos ao léu. De vez em quando é bom estarmos largados, não se preocupar com roupa, sapato, maquiagem. Mas estar belo e saudável faz bem para o organismo, mente, espirito e até nos traz oportunidades. Não menospreze estes cuidados, portanto aqui vão algumas dicas:
1. Procure ter uma boa alimentação, com uma dieta rica em frutas e verduras;
2. Faça exames periodicamente, buscando sempre uma medicina preventiva;
3. Encontre uma atividade prazerosa (artesanato, esportes, dança, música, estar com amigos), para ser exercitada nos momentos de stress. Quando praticamos um hobby ou esportes, esquecemos um pouco de nossos problemas e conseguimos relaxar;
4. Cuide da beleza, observando a higiene, vestindo-se apropriadamente (observando-se sempre o recato) e utilizando acessórios se possível (maquiagem, perfumes e etc.). “Para nos vestirmos bem, não significa necessariamente gastar muito dinheiro, mas formarmos um guarda-roupa básico e prático. Básico significa peças atemporais, normalmente discretas e concepções imunes as mudanças de estilo. O que não significa sem graça. Sabendo-se combinar peças e usar os acessórios certos, até a dobradinha jeans e camiseta, ficarão na última moda”(Gloria Kalil,/ Chic, 1996).
5. E finalmente, para que essas coisas dêem certo, dobrem o joelho, orem ao Senhor, estudem as escrituras, freqüentem as reuniões dominicais “O Senhor declarou: meu povo deve invocar-Me para receber as bençãos de que necessita.”
Lembremos sempre dessas verdades. Sigamos sempre os conselhos de nossos lideres para vivermos uma vida reta e cheia de alegria. O homem veio ao mundo para ser feliz e devemos fazer todo o possível para que isso seja uma realidade em nossa vida. Temos o evangelho em nossas mãos e esta é a chave para o nosso bem-estar. Em sua sabedoria, o Presidente Brigham Young nos deixa estas palavras de fé e esperança: Queremos ver todos os semblantes cheios de alegria...A pessoa que desfruta da experiência de ter o conhecimento de Deus na Terra a ao mesmo tempo tem o amor de Deus dentro de si, é o mais feliz de todos os indivíduos deste mundo.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Primeiros Passos...

Um certo dia alguém me disse que eu poderia escrever. Na realidade, falou-me como uma responsabilidade de desenvolver este dom e ajudar pessoas. Talvez tudo isso surgiu porque eu gosto muito de conversar e isso de alguma forma poderia ser de maior valia.

Bem... aqui estamos nós. Não sei muito bem como começar, mas me esforçarei em fazer o melhor, escrevendo histórias, contos, parábolas e experiências que possam de alguma forma enriquecer a vida de alguém.

Pra começar gostaria de contar uma experiência que aconteceu comigo quando ainda era adolescente. Eu e minha família morávamos num pequeno lugarejo chamado Itaimbé (ou Coréa para os mais íntimos). Na época, o local era meio desprovido de opções de lazer. Pra se ter uma idéia, a Tv que era um dos poucos divertimentos, no final de semana quase não funcionava, porque geralmente faltava energia.

Meu pai tinha uma pequena rocinha próximo ao lugar e pra nos divertirmos, a gente ia até lá catar frutas, passear pelo mato e bater papo pelo caminho, sei lá... fazer algo diferente.

Determinado dia resolvemos ir até a Boa Sorte (esse era o nome da roça). Passamos na casa de Maria*, convidamos uma de suas filhas e saimos eu, minha mãe, meu irmão e nossa amiga cantando pelo caminho (alalaôôôôô, mas que calôôôôô...). Rsrs... a gente achava aquilo tudo muito divertido.

No meio do caminho ouvimos um certo alvoroço numa fazenda perto da estrada. Como a gente conhecia o pessoal da fazenda, nos achegamos e perguntamos o que estava acontecendo. Não demorou alguem disse que se tratava de uma vaca brava, que tinha fugido e tava enfrentando os vaqueiros. Minha mãe sem demora falou: _ É melhor sairmos daqui antes que essa vaca venha pro nosso lado. _ E saimos com nossa cantoria (alalaôôôôô, mas que calôôôôô...).

Em certo momento encontrávamos-nos num trecho da estrada de chão, em que tinha um paredão de um lado e um despenhadeiro do outro. Mas isso não nos preocupava, afinal o que poderia nos acontecer naquele lugar tão tranquilo?

No entanto, em determinado momento da cantoria ouvimos um: hêhêhê... (lá longe). Perguntei: _Vocês ouviram alguma coisa? _ Não_ respoderam eles (alalaôôôôô, mas que calôôôôô...)

Mas uma vez ouvi: HÊHÊHÊ... (mais alto). Quando olho pra traz, vejo a vaca correndo em nossa direção em alta velocidade e os vaqueiros gritando assombrados pra gente fugir da vaca.

Gente... imaginem o desepero. Imaginou? Pois foi pior. Não tinha como a gente se proteger, afinal, era um paredão de um lado e um despenhadeiro do outro. O jeito era a gente correr. Já viram aquela estória "... se correr o bicho pega, se ficar o bicho come..."? Era assim que a gente estava se sentido.

E os vaqueiros gritando: HÊHÊHÊ... e a vaca se aproximando... e a gente se desmantelando. Ai que agonia!!!

No entanto, num certo momento minha mãe conseguiu vislumbrar no final do paredão uma porteirinha (um engana bode mais precisamente). E gritou pra gente entrar. Ufa! 30 segundos depois passou a vaca bufando, com os vaqueiros atrás.

Nossa que alívio...! Eu estava amarela de assombro. Quando olhamos uns para os outros, caimos na risada. Depois da agonia, ficamos aliviados por termos conseguido vencer aquele perigo e deu até pra rir do acontecido. Ainda quando lembro dessa história, dou boas gargalhadas.

As vezes na vida a gente encontra umas "vacas" que teimam em nos perseguir. Nos sentimos angustiados pela situação. Podemos sentir dor, desespero, tristeza, pesar ou qualquer outro tipo de sofrimento. É compreensível, afinal não somos de ferro.

Mas nunca, jamais, ficar parados e deixar a "vaca" nos alcançar. Precisamos nos mexer, sair do lugar, correr, fazer alguma coisa. Se não conseguimos sozinhos, que peçamos ajuda. Mas nunca desistirmos. Não é fácil e não podemos esperar que o seja. A felicidade é um presente muito caro e o esforço de míseros centavos não irão pagar o preço.

Talvez para visualizarmos uma porteirinha tenhamos que correr muito para encontrá-la. Se vai ser como a gente quer, não sei. Mas estará lá.

"Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo... Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido. Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares." Josué 1:7-9