quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Para Estar Bem - Meu novo blog

Para Estar Bem nasceu para celebrar a vida, através de tudo que possa trazer pensamentos positivos, alegria e bem-estar ao indivíduo.

Para conhece-lo click no link abaixo e aproveite seu conteúdo inspirador.



Grande abraço e a gente se vê lá.

Naiara Freire

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Uma História de Amor



Existe no sul da Bahia, bem no centro da Região Cacaueira, um lugarejo chamado União Queimada. Como tantos outros povoados do interior, é um lugar comum.
Formada por uma rua principal, o lugar é marcado pela simplicidade das casas e do seu povo, onde as margens do Rio Almada, passa a maioria de seus dias como a corrente do rio, de forma calma e tranquila.
 Com varias elevações ao redor do povoado, existe próximo dali uma serra. Por conta da cultura do cacau que precisa da sombra das árvores para produzir seus frutos, ainda mantém preservada a Mata Atlântica.
Este lugar, que me referirei apenas como Serra (se tem um nome especial não sei), tem histórias bem especiais guardadas em sua memória, do povo que um dia ali passou, viveu, morreu ou ainda mora por lá.
Na Serra a natureza está bem viva. Nela existem árvores centenárias das mais variadas espécies, pássaros e animais que não se vêem muito mais em outros lugares da Bahia.
Para chegar até lá, passamos pela rua principal de paralelepípedos da União Queimada, que no final do povoado continua com uma estrada de chão. Depois de uma caminhada de uns 15 minutos, chega-se a uma pequena fazenda de cacau aos pés da Serra. É preciso passar pela fazenda para pegar uma trilha e chegar até o destino desejado.
O caminho para chegar ao topo é difícil, cheio de obstáculos e é preciso fôlego para chegar até lá.
Mas quem iria querer subir uma Serra, numa trilha precária, íngreme, em meio a mato, cobra, urtiga, desconforto e cansaço?
Então...
Lá na Serra, em meio à mata, mora um casal de idosos a mais ou menos 40 anos. A esposa herdou as terras há muitos anos atrás de seus pais e, junto com o marido, decidiram morar por lá.
Para chegar à moradia deles, é preciso enfrentar uma subida de 1 hora (para aqueles sem condicionamento físico, quase 2 horas), numa trilha que em alguns pontos precisa-se usar de intuição e equilíbrio para segui-la. Além de toda dificuldade da subida, existe ainda toda falta de estrutura do lugar, que não tem muito conforto.
As acomodações são muito, muito humildes. Existem apenas alguns bancos sem encosto para sentar. Para dormir utiliza-se a barcaça de secagem de cacau ou uma casinha para depósito. Não há luz elétrica e o banheiro é de total contato com a natureza. Seria uma subida e estadia muito difíceis, não fosse a certeza de encontrar Titia Isaura com todo o seu amor.
Hummmm ... como é gostoso o amor da Titia Isaura. Havia muitos anos que eu não a via quando fui visita-la na última vez. Eu e mais algumas pessoas da minha família enfrentamos a difícil tarefa de subir a Serra.
Quando chegamos à União Queimada, qual não foi nossa surpresa ao encontrarmos Titio Di. Foi aquela alegria ali mesmo. Apesar dos seus 80 anos e lá vai fumaça e seus 1,60 m de altura, é um homem forte, que teve a Serra como tônico natural, através do exercício forçado das subidas e decidas da montanha.

E começamos nossa empreitada. Titio, acostumado com a subida, mesmo com o peso do saco de mantimentos nas costas, andava ligeiro. De tempos em tempos, dava uma parada lá na frente para esperar a mocidade alcançá-lo. Pensa numa dureza. Pois é...  a subida era assim mesmo.

Quando finalmente, quase uma hora depois, estávamos próximos à choupana. Minha mãe fala:
- Vamos gritar Titia pra ver se ela descobre quem está chegando?
Eu grito – TITIA!!!  Mas não ouço nada. Grito mais uma vez – TITIA!!!
E lá ao longe ouvimos: - uhhhhhhhhhh!
- TITIA!!!
- UHHHHHHHHHHH! – O som já mais próximo.
Quando olho lá em cima, vejo a Titia descendo ao nosso encontro, parecendo uma Pirata do Caribe. Lenço na cabeça, calçada em suas botas sete léguas, calça preta e camisa vermelha surrada, toda manchada de nódua de banana, com o facão na mão, da lida na roça.
- Quem ééé? – Pergunta Titia num forte sotaque baiano, daqueles de gente simples que mora na roça.
- Somos nós Titia. Naiara, Graça, Nil e Israel.
- Oxente Naiara!!! Vixe que faz anos que num vejo essa menina! – E me dá um abraço apertado, um beijo molhado. Agarrando todo mundo, apertando daqui e de acolá para aliviar a saudade. E carrega todos nós para sua humilde casa.
As cachorras ficam todas ariscas, latindo com a nossa chegada. Sussuarana, a mais valente está presa na corrente, mas a Pimenta...
- PIMEEENTA!!! Queta que é parente!
Chegando lá, nos aloja do jeito que pode e vai tratando de preparar a comida. – Ôh Di, tu trouxe a cebola que eu pedi???
- Tá no saco.
E lá vai ela ajeitando as panelas, levando todo os apetrechos pra perto do fogão. – Se é que se pode chamar aquilo de fogão (o fogão a lenha tinha desmontado e ela improvisou uns tijolos no chão, com uma grade em cima, até fazer o novo fogão) – E com toda a elasticidade e desenvoltura, na forma mais natural possível, se acocora para seus preparativos.
- Deixa Titia, que eu faço... – Fala minha mãe
Eu nem me atrevo a oferecer ajuda, pois não consigo trabalhar naquele improviso.
- Oxente Graça! Pode deixar.
No final das contas, a comida fica pronta e nos esbaldamos com o almoço da Titia. Delícia!
Ao longo do tempo que passamos lá, a Titia nos oferece o seu amor na sua forma mais  simples e genuína. É ao desencavar do baú, a sua melhor roupa de cama (aquela das visitas) para nos aconchegar.
Ao oferecer o agasalho para “quentar” o frio.  Ao nos brindar com sua prosa, contando os “causos de família”, misturados com suas gargalhadas e nos levando ao riso também.
No dividir o “de comer” (tradução: pode ser desjejum, almoço ou jantar), separando a maior e melhor porção para nos oferecer.
 – Titia não precisa – Digo eu.
 – Oxente! Pega menina. – Por muito insistir acabo aceitando.
Minha mãe ralha comigo. – Minha filha... deixa pra Titia e Titio.
Mas Titia insiste – Deixa Graça, deixa a menina comer. – E lá vai ela nos distribuindo seu carinho.
As vezes, quando a gente menos espera, recebemos um beijo da Titia, como quem diz:  –  “Como é grande o meu amor por você...”
Então pensando bem... todos nós, de um jeito ou de outro, no fundo, no fundo, seguimos a biologia do amor descrita por Humberto Maturana:
"Sem dúvida os seres humanos podemos cultivar a agressão, mas a agressão ainda não é o centro do nosso viver; ainda buscamos viver no amor como a emoção que gera bem-estar no viver em qualquer idade."
E mesmo com toda dificuldade de subir uma montanha, com as limitações do lugar, na simplicidade de Titio e de Titia, o amor está lá e a gente é feliz. Então tudo vale a pena com um amor tão grande assim.
Beijo Titia, nós amamos você.


segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Minha Primeira Vez...


Muita ansiedade e expectativas foram  as primeiras reações. Ao chegar ao portão designado, não conseguia entrar. E para aumentar a minha aflição,  ouvi gritos não muito longe dali. Será que naquele momento tão especial eu teria que fugir?
Calma... era só uma multidão de jovens ensandecidos se preparando para as 500 únicas credenciais para o  autografo de Cassandra Clare. Minha primeira surpresa... quem é Cassandra Clare!? Depois de minha discreta busca pra saber quem era a danada, afinal não queria parecer uma “sabe de nada inocente!!!”, descobri se tratar da famosa escritora americana, autora do sucesso teen Cidade dos Ossos.
Então minha primeira vez na Bienal Internacional do Livro de São Paulo foi assim, cheia de agradáveis surpresas e uma multidão de gente e de livros. E o mais legal de tudo, é que boa parte de toda essa gente, era uma garotada entre 12 e 18 anos, munidos de malas de viagens, preparados para saírem do evento abastecidos com o máximo de livros possíveis.

A minha sensação era que eu estava entrando num reino encantado, onde muitos daqueles personagens das histórias tinham se materializado naquele lugar. Eram meninas com vestido de princesas para tirar fotos, personagem de quadrinhos, caras e jeitos exóticos, onde até pintou um anjo no pedaço (se vocês nunca viram um anjo, segue foto para confirmar).



E aqueles gritos que ouvi na entrada do evento, em um dado momento voltaram a se repetir. Mas o que era dessa vez? A minha curiosidade me empurrou para onde vinham os sons. Uma mestre de cerimônias dava as instruções para os jovens se prepararem para receberem nada mais  nada menos que: Cassandra Clare!!!
– AHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!! – gritaria total.
 – Gente... só peço um favor, na hora das perguntas e respostas, por favor não gritem para que todos possam entender, ok?
– Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!
Ihh... eu acho que elas não entenderam a parte de não gritar.


Além da minha surpresa, a própria Cassandra me pareceu admirada com a situação. Logo sacou seu celular e começou a filmar a ocasião. Ao responder as perguntas, a própria admitiu surpresa com o calor da recepção de seus fãs brasileiros. Como sinal de gratidão, ela decidiu dar ao invés de 500, 1000 autógrafos. Até eu quis gritar de alegria por aquela juventude.

Agora algo que me deixou encantada, foi me deparar com algumas repórteres mirins entrevistando minha amiga Fatima Castelo Branco, autora do livro Mulheres Guerreiras. Que coisa mais bacana de se ver. Meninas repórteres, munidas de seus blocos de anotações, gravador, câmera e sua mestra que as orientava naquele trabalho de descoberta. Parabéns as meninas repórteres Manuela, Camilly e Giovanna, além de sua professora Cristina. São coisas desse tipo que fazem a gente ter esperança que o nosso país possa ser melhor.


No final do dia, depois de dar voltas pelos diversos stands da feira, ajudar a divulgar o livro Mulheres Guerreiras da Fátima, assistir o bate-papo da Cassandra e da Kiera Cass (outra escritora americana famosíssima do mundo teen, que “sorry”, nunca tinha ouvido falar), ficado uma hora interminável na fila para comprar um lanche, confesso estava exausta. Mas uma exausta feliz.
Feliz por perceber a força da juventude no mundo da leitura. Por eu, lá do interior da Bahia, ter tido essa maravilhosa experiência de uma Bienal. E o melhor de tudo, ter saído mais forte em conhecimento cultural.
Delícia!



E que venham mais Bienais!!!

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Velho Conto Cherokee



Os anciões Cherokee estavam preocupados com um dos garotos da tribo que, por se sentir injustiçado, tornou-se agressivo. O avô do menino o traz para perto de si e diz:
- Eu entendo sua raiva. Há uma batalha terrível entre dois lobos que vivem dentro de mim. Esses dois lobos tentam dominar o espírito de todos nós.  
Um é Mau. Seus dentes são fortes como raiva, inveja, ciúme, tristeza, cobiça,  arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, orgulho, superioridade e ego.
O outro é Bom. Seu olhar é forte como alegria, esperança, serenidade, paz, humildade, empatia, bondade, generosidade, verdade, perdão, compaixão, harmonia e fé.
O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô:
- Qual lobo vence?
 O velho índio respondeu:
- Aquele que você mais alimenta!

Que a vitória seja sempre do bom lobo, alimentando a mente e o espírito sempre de coisas boas e positivas.


sábado, 17 de maio de 2014

Que Amor é Esse?



Há alguns anos atrás, em uma conversa com alguns colegas de trabalho, começamos a falar sobre família. Em um dado momento meu colega, casado e pai de uma filhinha de 3 anos na época, me perguntou:
- Você gosta de sua mãe?
- Sim, claro!
- Quanto é o tamanho do seu amor?
- Nossa... muito! Nem sei dizer quanto.
- Pois multiplique esse amor por 3, 4, 5 vezes mais. É o que sua mãe sente por você. Quando a gente tem filhos, o amor que sentimos é muito maior do que qualquer coisa na vida.
Aquelas palavras tiveram um forte impacto em mim. Minha mente não conseguia alcançar um amor assim.
A noite em casa, ao conversar com minha mãe, eu a perguntei se era assim mesmo e ela, com lágrimas nos olhos, me deu um abraço e disse que sim.
Ainda hoje, não consigo imaginar o tamanho desse amor, afinal, ainda não tenho filhos. Mas apesar disso, consigo perceber seu efeitos:
No brilho do olhar ao reencontrar a filha querida, que mora a mais de 20.000 km de distância.
No sorriso ao contar que vai dormir bem tarde, acorda as duas ou quatro da manhã para dar de mamá, madruga para ter tempo de cuidar da filha e ainda sai para a luta do dia-a-dia no trabalho.
Na batalha diária de fazer o melhor que pode para cuidar de seus filhos com deficiência.
Nas palavras tranquilizadoras dizendo “filha, não se preocupe... tudo vai ficar bem.”
Que amor é esse?
Queridas mães... presto aqui minha singela homenagem. A força do seu amor nos inspira e nos impulsiona a ser melhores. Afinal, o que seria de todos nós sem o amor de vocês?
O meu carinho a todas essas mães guerreiras, com suas histórias especiais, que influenciam a todos nós. Não sei se vocês sabem... estas histórias fazem do mundo um pouco melhor.

Feliz Dia das Mães!



quinta-feira, 1 de maio de 2014

Exemplo: Uma Pequena Grande Lição


A alguns anos atrás morei num lugar chamado Itaimbé, que nas  idas e vindas da sua história, em algum momento foi apelidada de Coréia. Nesse período de minha estadia na querida Coréia passei por algumas aventuras.
 Sim querida Coréia... Lá fiz amigos, que apesar de separados pela distância e tempo estão guardados no coração aonde quer que eu vá. Mas em especial porque lá aprendi algumas lições. Hoje lembrei de uma delas...
A Coreia é uma lugarejo situado no Sul da Bahia. Na época que morei lá, tinha cerca de 1200 habitantes. Naquele tempo, não havia muitos professores disponíveis na região que pudessem lecionar nas escolas do lugar e como tinha estudado um período na faculdade, me convidaram para dar aulas. Apesar de não ter experiência como professora, aceitei o convite e por algum tempo, dei aulas nesse povoado.
Por conta dessa minha responsabilidade, no meu terceiro ano de trabalho, decidi me matricular no curso de magistério para aprender um pouco mais sobre as peculiaridades da profissão. Então eu lecionava de manhã e a noite e a tarde eu estudava.
Tudo tranqüilo. Conseguia conciliar meu trabalho com os estudos, além de ampliar meu leque de amizades com meus colegas de classe. Época muito boa. Saudades dos meu queridos colegas.
Mas em meus estudos, algo inesperado aconteceu. As vezes em meio as aulas, eu via alguns alunos pendurados na janela da sala de aula me observando e admirando a professora, no caso eu, que também estudava. Na época, achei muito engraçado aquela curiosidade, afinal, qual seria a estranheza em eu também estudar.
Mas um dia eu entendi e pude aprender a lição. Era dia de prova e como sempre, sentei em meu lugar favorito próximo a janela, recebi a minha prova e pus-me a pensar e a responder as questões. Num certo momento, eu ouvi um cochicho, “ – Vamos ver se ela vai pescar ...” (pescar na Bahia quer dizer colar). E ao olhar para cima, me deparei com a platéia de alguns curiosos me fiscalizando.
Naquele momento eu aprendi uma grande lição. Que não tem nada a ver quanto a pescar/colar ou não. Diz respeito a ser exemplo...
Acredito que na época em que fui professora, não fui tão boa assim, pois nos meus dezenove anos de idade, tinha pouca experiência em qualquer coisa. Mas eu me esforçava em ajudar aqueles alunos a aprender da melhor forma possível e colar não poderia fazer parte da didática.
Como professora/aluna eu precisava ser exemplo e era isso que eles esperavam de mim. Não sei se minha postura na época ajudou alguns deles sobre aquela questão, mas com certeza influenciou a minha história.
Nas imperfeições da vida vou tentando seguir aquela lição e como já dizia a celebre frase: “ A palavra convence, mas o exemplo arrasta...”           

sexta-feira, 18 de abril de 2014

A Páscoa e o Seu Verdadeiro Sentido


Poema da minha querida amiga Elisabete Basso para refletirmos nessa Páscoa.

Meu Salvador

Há dois mil anos atrás
Uma criança nasceu
Ao mundo veio boas novas anunciar
A felicidade que eternamente vai durar.

Fora pré-Ordenado, para sua grande missão
E aceitou com alegria
Bem antes da criação.

Regozije, cante e adore
E o faça com amor
Pois esse ser tão divino
É o Cristo Nosso Redentor.

Uma virgem concebera
E a luz esse filho dará
Que terá um bom pai viril
E uma bela mãe gentil.

Então Deus o Pai enviou um anjo a anunciar
A bela virgem Maria
Que ela fora a escolhida
E com o coração exaltado e cheio de alegria
Disse ao Pai com humildade
– O Teu querer é o meu querer
Cumpra-se em mim a tua vontade.

Como menino um grande exemplo mostrou
Pois Jesus, na carpintaria, muito José ajudou
Discutindo com os seus doutores
Facilmente os venceu
E dizia que a sua sabedoria
Foi o pai quem concedeu.

Ele era humilde, puro e bom
Quando se aborrecia, jamais alterava o tom
Foi o bom exemplo a toda hora
Como são as criancinhas,
Quer que sejamos agora.

Amou os doentes e os filhos aflitos acalmou
Fez enxergar os cegos e espíritos maus expulsou
Em toda sua vida sempre agiu assim
E dizia dos pequeninos – Deixai-vos vir a Mim.

Ele é o bom pastor, que as ovelhas apascenta
As cuida com carinho e a todas alimenta
Ensinou o evangelho do amor e da ação
Do alto das montanhas, pregou um sermão.

E a todos que quiserem ouvir
Ao Reino dos Céus, os convidava a ir
Foi batizado por seu filho João
Deixou o exemplo e mostrou o caminho
Para a exaltação.

Demonstrou o amor pela humanidade
Dando sua vida, se entregou de verdade
E a todos os povos concedeu salvação
E pedindo só amor e perdão.

Assim como nós mortais viveu
E no gethsemani , agonia sofreu
Quando foi cruelmente pregado na cruz
Perdão para nós pediu meu Jesus.

Após Sua morte o sol não brilhou
E de tristeza a natureza chorou
E depois de alguns dias de escuridão
Ressurgiu triunfante de sua grande missão.

Cumprindo a lei nada mais faltava
Agora o triunfo sobre a morte reinava
Concedendo-nos a benção da ressurreição
Ensinou o caminho, o modelo padrão.

Seguir seu exemplo, fazer a divina vontade
E ganharmos alegria aqui e na eternidade.



                                                                              Elisabete Basso Gomes

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Planos... Quando Eles Não Dão Certo



       Recentemente li a história de uma garotinha de 12 anos, Taylor Scout Smith, que tinha escrito uma carta para o futuro. Nela ela descreve como é sua vida e como deseja que o seja daqui a 10 anos. Um dos trechos significativos no texto ela salienta, que se por acaso não der certo,  continue tentando.

       Apesar de tão jovem, aquela menina demonstrou uma sabedoria, que nós da geração ansiosa e as vezes deprimida, não conseguimos ver.

       Existe um ciclo natural das coisas, que mesmo com nossos esforços para que tudo ocorra bem, nem sempre é isso que acontece. Pode ser laços de um relacionamento desfeito por conta dos desafios da vida a dois. O emprego com o salário dos sonhos, mesmo depois de todos os esforços dedicados, que ainda não chegou. Um sério problema de saúde de difícil tratamento. Um filho querido, criado com tanto amor, envolvido nas drogas. Uma catástrofe da natureza que atinge a todos, ou mesmo a perda de um ente querido de forma abrupta e precoce.

       A dor pode ser terrível em meio a esses desafios, mas a vida continua e como disse  Taylor “... continue tentando.”

       Ser feliz realmente não é uma tarefa fácil.

       As pessoas passam e continuam a passar por dificuldades, inclusive aquelas que tiveram sucesso  e conseguiram algum destaque ao longo da vida.

       Abraham Lincoln, considerado um dos maiores presidentes dos EUA, antes de fazer história em seu país, perdeu a mãe aos 9 anos, faliu duas vezes, perdeu 3 dos seus 4 filhos, teve depressão e perdeu varias eleições antes de se tornar presidente.

       Marina Silva, perdeu a mãe aos 14 anos, além de alguns irmãos quando jovens. Foi alfabetizada aos 16 anos, sendo criada num ambiente de muita pobreza, onde contraiu algumas doenças como hepatite, malaria, contaminação por mercúrio e leishmaniose. Foi empregada doméstica antes de se tornar uma das personalidades mais respeitadas do país.

       Além desses, existem vários outros, famosos ou desconhecidos, que tiveram que superar desafios e utilizar de planos B’s quando as coisas não deram certo.

       A menina Taylor, pouco tempo depois de escrever a carta, acabou falecendo por complicações de uma forte pneumonia. Mas antes de partir, deixou uma lição de vida para sua família e todos nós:
“Lembre-se de que se passaram 10 anos desde que eu escrevi isso. Coisas boas e ruins aconteceram, é assim que a vida funciona e você tem que ir com ela”.

       Apesar da dor que algumas experiências podem causar, Taylor quis deixar uma mensagem de perseverança. 

       Faço minha as suas palavras.

       Algumas batalhas podem ser árduas eu sei, mas se a luta é feita com esperança e fé é possível vence-las, mas para isso é preciso seguir a estrada.

       Então, como dizia a canção: “Levanta, sacode a poeira e dá volta por cima...”



quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Uma Ideia Genial


Segundo Carlos Drumond de Andrade aquele que inventou o Ano Novo é um gênio, afinal, permitiu uma renovação de esperança global.
Ao longo de um tempo naturalmente erros são cometidos, planos dão errado, amores são desfeitos e tanta coisa que não gostaríamos acontecem. Para piorar a situação, cientificamente já foi comprovado que o negativo tem poder maior para nos atingir do que o positivo. Então é muita coisa para desanimar e enfraquecer uma pessoa durante a vida.
Mas pense... não precisa se preocupar. O ano novo existe. E aquela sensação de fracasso que por ventura apareça, pode ser facilmente desfeita com o renovar de esperanças e a possibilidade de um novo tempo e um novo começo.
Eu amo o Ano Novo, afinal eu posso fazer diferente e ter uma nova chance de ser mais feliz!
Mas não é tão simples assim. São tantos planos e sonhos para serem realizados e a gente tem que fazer todo possível para dessa vez dar tudo certo, não é mesmo? 
Bem... quem sou eu para dar conselhos. Mas me arrisco a dar uma dica para, quem sabe, os seus (meus) sonhos se realizem.
Escreva.
Parece bobagem, mas escrever faz a diferença. Ao anotar o que você quer, você terá a oportunidade de, além de dar força ao seu desejo, também poderá planejar, descrevendo as estratégias para alcançar a sua meta, tendo o cuidado de revisar periodicamente esse plano, afinal, se as coisas não estiverem correndo como se espera, é só mudar a estratégia.
Experimente. Quem sabe a celebração do final de ano terá um algo a mais para comemorar.